Jesus foi cruscificado

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   Mães e pais crucificados pela culpa se perguntam onde foi que eu errei? E a resposta se cala. 

     Jesus foi torturado até a morte na cruz, hoje ainda tantas pessoas são torturadas e crucificadas sem emprego, sem moradia, sem alimentação adequada.
  Famílias inteiras crucificadas sobrevivem com um salário de fome, miséria, enquanto tantos recebem salários escandalosos que afrontam o menor.
  Mulheres são crucificadas tendo que vender o maior bem que elas têm que é seu corpo na maior humilhação, exploração, como se fossem mercadoria; para dar pão aos filhos.
  Mães crucificadas vendo seus filhos sem o mínimo para viver com dignidade, aglomeradas em um único cômodo, ou mesmo na rua recolhendo do lixo sobras para comer. 
  Mães e pais crucificados vendo seus filhos se consumindo na droga, craque, maconha, álcool e tantos outro, restando HIV como herança ou a morte violenta. 
  Mães e pais vendo seus filhos crucificados numa prisão na maior falta de humanidade, amontoados em cela de presídio, escura, sem saúde e quase sem oxigênio para respirar.
    Agricultores crucificados pela destruição da natureza, e em consequência a chuva em excesso alaga a plantação ou é ceifada pela seca mesmo antes de crescer e nada sobrando para colher. 
   Mães e pais vivendo no dia a dia a crucifixão por falta de emprego, batendo de porta em porta e nada! Chegando ao desespero, depressão e em casos a morte. 
  Tantas pessoas vivendo sua crucifixão morando na rua, com fome, frio, em grandes cidades onde há tanto, mas vivem na exclusão. 
  Mas Jesus não parou na morte, Ele ressuscitou. E essa é a força que o pobre vive. A força de Jesus que não morre mais, mas vive eternamente. 
  E acreditando nesse Jesus que muitas pessoas solidárias, partilham, dividem, para que os menos favorecidos possam também viver. Que Jesus ressuscitado nos ajude a partilhar.   Amém! 

                                   Irmã Lúcia Webler
Referência da imagem : cruzgloriosadejesus.blogspot.com

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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