É a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, que está completando 10 anos, é realmente motivo de comemoração no avanço da luta contra a violência domestica familiar.
Essa Lei visa proteger, coibir e combater a violência doméstica e familiar contra as mulheres, e transexuais, pessoas que se identificam como mulher em sua identidade de gênero.
A Lei recebeu esse nome porque Maria da Penha Maia Fernandes, sofreu violência domestica, sendo o agressor seu marido, que intentou tirar-lhe a vida por duas vezes, a primeira atirando nela com revolver, que a deixou paraplégica e na segunda tentativa tentou mata-la dando choque elétrico e tentando afoga-la.
O diferencial de Maria da Penha foi ter reunido força e teve coragem de denunciar seu agressor após 23 anos de sofrimento. Quando decidiu lutar não desistiu até que sua denuncia foi aceita no ministério Publico, e muito tempo depois pode ver o agressor ser condenado. Embora não tenha sido um processo rápido, Maria da Penha fez sua voz ser ouvida até fora do Brasil.
A Luta de Maria da Penha foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas, assim criou eco, e tornou-se Lei para garantir o enfrentamento e combate à violência domestica e familiar contra a mulher. E não é somente contra violência física, a Lei estende sua proteção contra a agressão física, verbal e psicológica.
Maria da Penha foi um grito, que abriu as portas para que muitos outros gritos ecoassem, assim como no poema de João Cabral de Melo Neto:
As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.