Dia das Mães – Relatos e vivências

Compartilhar
Janilde Diniz Relata sua experiência sobre o tema: 

O que é ser mãe?

Ser MÃE é entender que habita dentro de mim uma força vital múltipla. Uma vontade de seguir em frente, usando a inteligência, coragem, sensibilidade. Todas essas qualidades e desejos estão dentro de cada mulher que também é mãe. Que batalha por dias melhores para si e por seus filhos.
Mulheres que muitas vezes se encontram em algumas situações onde exigem delas uma postura de entrega total. Pensemos em mães que se encontram em presídios longe de seus filhos, sem poder acompanhar o crescimento e educação dos mesmos. Como essas e outras situações vão interferir neste ser mãe, ser educadora, ser geradora de vida.

Destacamos neste texto a pesquisa: “Dar à luz na sombra”, a equipe coordenada pela professora Ana Gabriela Braga detectou uma divisão nas opiniões das mulheres encarceradas grávidas ou que têm filhos na prisão. O estudo – que não é quantitativo – deixou claro que parte das detentas desejava manter as crianças no presídio, ao lado da mãe, enquanto outras preferiam a separação para que os bebês ficassem longe do ambiente da cadeia. O trabalho indicou que entre as duas opções mais frequentes no atual sistema penitenciário brasileiro ambas são vistas como “menos ruim”. “O direito à educação e ao trabalho não é garantido a todas as detentas, não há separação de unidades entre presas provisórias e condenadas e o tempo legal de garantia de permanência das mães com suas crianças não é respeitado”, prossegue a pesquisadora. “O prazo mínimo de seis meses na prática é um prazo máximo, porque é preciso esvaziar espaços para os recém-nascidos.” Na ausência de creches, os bebês são mantidos nas celas com as mães. Quando a criança é tirada da prisão, segue para abrigos ou é entregue a familiares, em geral à avó. 


Fica uma pequena reflexão para este dia tão especial que é dedicado e celebrado o Dia das Mães. Poder homenageá-las nas situações onde elas se encontram. Um pequeno trecho do poema de José Guilherme S. Filho nos reporta a todas essas mulheres que são mães.

“Tu que nos guardaste em teu ventre aquecido e do mundo fomos protegidos…

Tu que nos trouxeste para a vida, o que mais poderíamos querer?

Nos deste um cantinho dentro de ti e já crescidinhos nascemos para te conhecer…
Em teus braços fomos acalentados com teu amor e dedicação.
Nosso coração por ti, todos os dias acariciado…
Te conhecer por fora é só uma forma de nos fortalecer para o mundo,
 mas o que há de mais profundo vem do teu íntimo Ser…”

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

Compartilhar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *