Projeto Antonia abre inscrições para a  2ª edição do Café sem Preconceito durante os  16 Dias de Ativismo

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 Debate sobre o atual contexto de Enfrentamento à
violência contra as mulheres
 
São Paulo – O Projeto Antonia, unidade da Rede Oblata Brasil, que tem como objetivo a intervenção e acompanhamento às mulheres de baixa renda que estão em contexto de vulnerabilidade social, e atuam na prostituição na região de Santo Amaro, abre inscrições para a 2ª Edição do Café sem Preconceito, que será realizado no dia 29 de novembro de 2018,  a fim de debater o atual contexto de enfrentamento à violência contra as mulheres. O evento será realizado no Centro de Cidadania da Mulher, durante os 16 dias de Ativismo. 
O objetivo do evento é envolver múltiplas iniciativas sociais na discussão e enfrentamento dos problemas vividos pelas mulheres, em especial, no que diz respeito ao contexto de violência, sendo esta uma ação que contempla a Campanha 16 dias de Ativismo, que que acontece anualmente entre 25 de novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, e 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Sabemos que a violência baseada em gênero é um problema de saúde pública e de direitos humanos, que está ancorada na desigualdade de gênero, na qual se destaca o patriarcado, as relações de poder e as construções hierárquicas da masculinidade e feminilidade como motor predominante e generalizado do problema.
Recentemente, o Projeto Antonia desenvolveu uma pesquisa sobre a violência contra a mulher que exerce a prostituição, com o intuito de construir perspectivas para o enfrentamento de situações de violência relacionadas a este público. Na construção desse trabalho, percebemos que a violência contra a mulher que exerce a prostituição também é atravessada pelo machismo e sexismo e reflete a desigualdade de gênero. Na pesquisa, 65,3% das mulheres entrevistadas afirmam já terem sofrido violência pelo fato de serem mulheres. A partir de alguns dados da pesquisa, foi interessante perceber que grande parte das entrevistadas não reconhece o que é a violência, portanto, sofrem violência e a naturalizam.
Nesse sentido, vislumbramos a necessidade de ampliação dos espaços de discussão e enfrentamento à violência, envolvendo organismos de políticas para as mulheres, ONGs feministas, movimentos de mulheres, conselhos de direitos das mulheres e outros conselhos de controle social, universidades, órgãos federais, estaduais e municipais responsáveis pela garantia de direitos (assistência e seguridade social, habitação, educação, trabalho e cultura).
Público-alvo: representantes da sociedade civil, movimentos sociais, universidades, órgãos federais, estaduais e municipais responsáveis pela garantia de direitos.
Sobre a instituição realizadora:
O Projeto Antonia é uma das unidades da Rede Oblata que tem como objetivo a intervenção e acompanhamento às mulheres de baixa renda que estão em contexto de vulnerabilidade social, e atuam na prostituição na região de Santo Amaro, na cidade de São Paulo. Está organizada em três frentes de atuação: Abordagem, Acolhida e Sensibilização da Sociedade, sendo que as duas primeiras têm como objetivo orientar as mulheres que exercem a prostituição para a busca e acesso aos direitos. A terceira frente, Sensibilização, objetiva a desconstrução do estigma da prostituição e a luta contra a violência.
 
Informações:
(11) 5524-1576
WhatsApp: (11) 96446-5986
Coordenação: Aline Rissardi
Instagram/Facebook: @redeoblatabrasil
Local: Centro de Cidadania da Mulher
Praça Salim Farah Maluf s/n – Santo Amaro – São Paulo/SP

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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