A Equipe do Projeto Antonia, por ocasião do feriado do dia do(a) trabalhador(a), realizou uma formação com o objetivo de capacitar a equipe para que, ao longo deste mês de maio possam trabalhar com as mulheres atendidas o tema do trabalho.
Ficou-se determinado anteriormente que cada uma faria uma pesquisa sobre o tema trabalho, e sistematizaria resumidamente a pesquisa para partilhar em equipe. As fontes foram variadas, desde terciárias à primárias e surgiram constatações, reflexões, e curiosidades muito interessantes que se complementavam.
Algumas falas:
- O brasileiro gasta 190 horas de trabalho para comprar um celular de última geração. passam 20% de suas vidas trabalhando e gastam muito comprando coisas não tão importantes.
- Os jovens não se preocupam com o futuro, em juntar dinheiro, se aposentar…
- Depois das novas regras trabalhistas, diminuiu o numero de processos trabalhistas
- verifica-se que, está acontecendo mais exploração ao trabalhador, pouca reflexão sobre as desigualdades de gênero neste 1º de maio.
- A taxa de desemprego é maior nas mulheres. precariza-se o trabalho das mulheres disfarçado de empreendedorismo. 40 milhões de trabalhadoras brasileiras trabalham mais, estudam mais e ganham menos.
- 1º de maio marca a luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho. No Brasil, as reivindicações iniciaram com os imigrantes Europeus, que, ao substituírem a mão de obra dos escravos negros, começaram a reivindicar melhorias nas condições de trabalho devido ao processo que já tinham vivenciado em seus países. No Governo de Getúlio Vargas, a data do 1º de maio deixa o cunho reivindicativo e passa a ter um cunho celebrativo.
- A divisão sexual do trabalho não surgiu no capitalismo, porém o capitalismo, enquanto sistema político e ideológico utiliza-se das diferenças sexuais para aprofundar as desigualdades.
- O trabalho doméstico não é menos econômico que o assalariado, é apenas de natureza distinta. porém o trabalho doméstico não é computado na jornada de trabalho das mulheres.
- muitas vezes focamos na saúde sexual das trabalhadoras sexuais e nos esquecemos que são mulheres como outras qualquer e têm necessidade de cuidados de sua saúde física, psíquica…