O Projeto Antonia também marcou presença, no dia 18 de maio, no evento, “Marcadas pela promessa. Sim eu posso!”, promovido pela Paróquia São Vicente de Paulo e São Tiago Apóstolo na cidade de Embu das Artes – São Paulo. Maria José Silva, Educadora Social do Projeto Antonia, ministrou uma palestra sobre a “Violência contra mulher”, na qual abordou a invisibilidade e naturalização da violência contra a mulher, sobretudo a que exerce da prostituição. Destaca que “independentemente das nossas convicções morais, religiosas e pessoais, não podemos justificar ou aceitar a violência a determinados grupos”. As participantes interagiram em vários momentos, e isso confirma o quanto é importante dar espaços de fala às mulheres. No final sugeriram outros momentos como esse para continuar a reflexão, ressaltando que a violência contra a mulher é pouco discutida nas periferias das cidades.
Projeto Antonia pelo fim da Violência Contra a Mulher
Os meios de comunicação têm mostrado os altos índices de violência em todas as partes do mundo. Dá impressão que essa situação já não nos impacta tanto como antes, é “só mais um ou uma” que entra para as estatísticas. Chama a nossa atenção o aumento da violência contra as mulheres.
Segundo notícia do Portal G1 do dia 29 de abril de 2019, nos primeiros três meses de 2019, o feminicídio aumentou 76% em São Paulo, sendo que 8 em cada 10 casos, os crimes contra as mulheres aconteceram dentro de casa pelo marido, companheiro, namorado ou ex-parceiro. Em grande parte, o motivo tem sido a separação do casal. Lembrando que até chegar a ser assassinada a mulher passa por diferentes tipos de violências: psicológica, física, sexual, patrimonial e moral.
Perguntas que se ouve com frequência são: por que ainda as mulheres continuam sendo agredidas e mortas pelos homens? Será que aumentou a violência contra as mulheres ou está se dando mais visibilidade?
Certamente são muitos os fatores, mas o principal é o machismo, a compreensão de que o homem é superior a mulher, ele tem o poder, o domínio e a posse sobre ela. Essa é uma das razões da violência quando a mulher toma iniciativa na separação do casal.
As mulheres vêm tomando consciência dos seus direitos, exigindo mais respeito e reagindo à submissão, ao domínio dos homens sobre ela. Porém é necessário não só as mulheres terem essa consciência, mas toda a sociedade, sobre tudo os homens. O debate sobre a violência contra a mulher deve ser realizado em todos os setores da sociedade, pois é fruto de uma construção social de desigualdades, que necessita ser reconstruída. Por isso é importante promover espaços de discussãosobre assunto em diversos seguimentos da sociedade, em escolas, igrejas, universidades, onde estão, as mães, os pais, as/os educadoras/res, líderes religiosos, profissionais entre outros. É necessário desde esses espaços trabalharem com as novas gerações para que não sofra e não gerem violência.
O projeto Antonia além da atuação específica junto às mulheres que exercem a prostituição tem somado forças com outras organizações no combate à violência contra a mulher. Por meio de conferências, palestras e oficinas, participa de diálogos e reflexões sobre a temática. Nota-se o quanto é importante esses espaços para as mulheres se expressarem, trocarem experiências e se fortalecerem para enfrentarem os desafios que vivem apenas pela condição de serem mulheres.
No dia 08 de maio o Projeto Antonia esteve presente na XXIV Semana de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro – UNISA. O evento marcou o início da Liga da Saúde da Mulher na Universidade. Aline Rissardi, Coordenadora do Projeto Antonia, ministrou uma palestra sobre “Violência na Prostituição: um recorte na realidade de Santo Amaro”. Foram apresentados dados de violência contra as mulheres que exercem a prostituição segundo pesquisa realizada pela unidade em 2017. Segundo Aline, as alunas e alunos fizeram várias perguntas sobre o tema e demonstraram interesse em conhecer mais de perto a atuação do Projeto junto às mulheres.
Oblata do Santíssimo Redentor
(Projeto Antonia)