A mulher e sua Inserção no Mercado de Trabalho

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Por: Rosimeire Oliveira 
(Estagiária de Serviço Social – Projeto Antonia).

Fonte: Internet
As lutas que as mulheres enfrentam diariamente para superar as desigualdades de gênero envolvem, em diversos momentos da história e contextos sociais, dramas, tragédias, resistências na família, na escola, no trabalho, na comunidade, no partido, entre outros.  Apesar, de reconhecermos que houve no decorrer dos anos importantes avanços, ainda estamos muito distantes da situação ideal.
Ao analisar a situação da mulher no mercado de trabalho a partir da década de 1970 até os dias atuais, a participação das mesmas no mercado de trabalho tem apresentado espantoso avanço. De acordo com Fundação Carlos Chagas, em 1970 apenas 18% das mulheres brasileiras trabalhavam e na atualidade somam mais de 52%4 exercendo alguma atividade.
A partir da década de 1980 a atividade produtiva fora de casa, tornou-se tão importante para as mulheres quanto a maternidade e o cuidado com os filhos, principalmente se comparados até a década de 1970 onde os efeitos da maternidade eram evidentes na vida das mulheres. Esse fator se deve a necessidade econômica das famílias para fazer frente, seja ao desemprego de vários de seus membros, seja a renda familiar diminuída ou mesmo, ainda que em menor medida, a presença de um maior poder aquisitivo de um segmento de famílias que mesmo na ausência de serviços públicos e particulares deem atenção a maternidade.
No entanto, é importante salientar que o ingresso da mulher no mercado de trabalho é uma mudança estrutural na composição da força de trabalho e é responsável por criar ambiente favorável para outras mudanças na situação de desigualdade de oportunidades.
Um estudo realizado pela Revista Geledés traz números que confirmam que as mulheres estudam mais e têm maior nível de instrução, desse modo, possuem formação em áreas que pagam menores salários e ocupam postos de trabalho com menor remuneração. Ainda observa-se salários menores para mulheres que ocupam funções idênticas as dos homens. Em 2010, o rendimento médio era de R$1.587,00 para os homens e de R$ 1.074,00 para as mulheres.
Portanto, faz-se necessário frisar que o emprego e a renda são dois componentes que criam condições para que as mulheres se libertem das incontáveis situações de opressão e humilhação que vivem na relação com os homens, o que lhes têm acarretado a incumbência do cuidado com os filhos e, na maior parte da vezes, dos idosos. O rendimento feminino tem crescente participação na renda familiar. 
Conclui-se que que por essa relação do cuidado com os filhos e para a promoção da igualdade de condições de inserção da mulher no mercado de trabalho, é fundamental que as políticas públicas universalizem entre outros o direito de acesso as creches, à educação (infantil, básica e média) preferencialmente de tempo integral.
Fontes pesquisadas:
Acesso em: 25/04/2016

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As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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